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10
Mai25

Intimidação

por Fábio Cardoso

Connor virou-se para Cassandra, ainda a sorrir.

- Estou só à espera que me diga para onde ir.

- Eu? – perguntou Cassandra, O sorriso de Connor alargou-se.

- Sim, Dra. Green. Com tudo o que já me aconteceu hoje, acho que chegou a altura de conhecer as pessoas para quem trabalha. E a doutora vai levar-me até elas.

Cassandra empalideceu consideravelmente e começou a abanar a cabeça. – Não posso, Bishop! Eles matam-me se os trair.

O sorriso de Connor tornou-se ligeiramente cruel. Calmamente retirou a arma do bolso e apontou-a a Cassandra. – Oh, minha cara Dra. Green! Pensei que já tínhamos esclarecido que se não me levasse até eles, eu mesmo a mataria.

- Eu não sei onde encontrá-los! – respondeu Cassandra num tom nervoso. Connor lançou-lhe um olhar –Estou a dizer a verdade, Bishop! Quando temos de nos encontrar, eles é que me contactam e me indicam um sítio apropriado.

Connor limitou-se a olhar para ela, em silêncio. Não confiava minimamente em Cassandra Green, mas ela parecia estar a dizer a verdade. Connor amaldiçoou a sua sorte. Precisava de encontrar esta gente e obrigá- los a reverter a programação bizarra que tinham colocado no seu subconsciente ou, pelo menos, meter-lhes uma bala na cabeça antes da programação o obrigar a fazer o mesmo a si próprio. O pensamento causou-lhe um arrepio na espinha. Repentinamente uma ideia veio-lhe à cabeça.

- Queria que o Scrow se encontrasse aqui consigo, não era? Ele também trabalha para vocês?

Se a mudança repentina de assunto apanhou Cassandra desprevenida, ela não o mostrou, limitando-se a assentir.

- Para quê?

- Ele tinha-nos informado de que o outro patrão dele, Duncan Harkness, tinha uma ligação consigo. Foi fácil deduzir que no seu estado iria precisar de ajuda e o mais certo era contactar Harkness. Queria encontrar-me aqui com o Scrow para ele me dar a sua localização. Mas o idiota ignorou todas as minhas chamadas. E quando a minha chamada é finalmente atendida e venho até aqui para lhe dizer das boas, qual a minha surpresa quando é você que encontro.

- Realmente, é tão difícil encontrar boa ajuda hoje em dia, não acha? – Connor respondeu-lhe com um sorriso. No entanto, ao ouvir a explicação de Cassandra, tinha-se apercebido de uma coisa: esta gente tinha estado sempre dois passos à sua frente. Quando lhe ocorrera contactar Duncan, tinha-se achado tão esperto, mas esta gente provavelmente desconfiava que ele iria fazer isso antes de ele próprio se lembrar. – E depois de ele lhe dizer onde eu estava? O que ia fazer a seguir?

Cassandra não disse nada, o seu olhar passando de Connor para a arma e de volta a Connor. Finalmente suspirou e respondeu-lhe amargamente.

- Se o Scrow tivesse a sua localização actual, eu iria contactar os meus superiores e receber novas ordens. A seguir, provavelmente enviariam uma equipa para o capturarem ou o eliminarem. Já lhes deu bastantes dores de cabeça, Bishop.

- Óptimo! – disse Connor, sorrindo – Vai fazer exactamente isso. Com uma pequena mudança.

- E a mudança é? – perguntou Cassandra arqueando uma sobrencelha.

- Vai dizer-lhes que me conseguiu capturar e que me quer entregar pessoalmente a eles…

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03
Mai25

Sorrisos

por Tms

Cassandra ficou durante uns momentos a olhar Connor nos olhos, questionando-se sobre a veracidade das suas palavras. Por fim, esboçou um sorriso presunçoso e disse:

- Estou surpreendida é por ainda não ter usado essa arma contra si próprio. A sua missão acabou, Bishop! É uma questão de tempo até a sua vida acabar também...

- Aparentemente sou "especial"... sorte a minha. Agora, se não me acompanhar até lá fora, surpreendo-a muito mais! – replicou rigidamente Connor. A provocação de Cassandra recordara-lhe o seu arrepiante novo sonho, em que tomava a sua própria vida. Sem esperar resposta agarrou firmemente o braço da mulher e começou a arrastá-la para a saída. Ela oferecia pouca resistência, mas o sorriso que exibira ainda não se desvanecera. Aquele sorriso... Connor rogava pragas àquele sorriso.

uma questão de tempo... antes de chegar o meu fim, chegará o dela! Pelo inferno que passei hoj..."

Os pensamentos de Connor são interrompidos quando, subitamente, um homem surge de uma esquina e lhe dá um leve encontrão com o ombro.

Continuando a andar, no seu passo rápido, Connor olhou instintivamente para trás. O tempo abrandou. Não distinguiu feições ou intenções, sendo o seu foco dirigido unicamente para o sorriso ambíguo do homem. Um sorriso que só vira uma vez anteriormente...

Cassandra interrompe o momento:

- É o seu carro à porta?

O sorriso tinha desaparecido completamente, mostrando-se até estranhamente assustada. Pálida. Tinha apressado o passo, quase que obrigando Connor a acompanhá-la. Teria sido o misterioso homem a causar esta reacção em Green? Connor voltou a olhar para trás, mas já não estava ninguém.

"Mas que raio..."

Acompanhou Cassandra até ao lugar do pendura, segurando-a, ainda, pelo braço, mas a sua atenção estava, agora, dentro da loja. Olhava pela montra, tentando, inutilmente, identificar quem estava no seu interior. Entrou, também, no carro e ficou a olhar, durante uns segundos, para a porta da loja.

- De que está à espera? Pensava que tinha pressa.

Cassandra parecia mais aliviada, mas não demonstrava estar menos do que ansiosa por sair dali. Foi a altura de Connor esboçar o seu sorriso...

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26
Abr25

Respostas no corredor três

por Fábio Cardoso

A presença de Cassandra apanhou Connor desprevenido. A última vez que a vira, algumas horas atrás (Céus, tinham realmente passado apenas algumas horas desde então?, pensou alarmado. Parecia-lhe que aquilo acontecera há dias ou até mesmo meses), ela estava inconsciente no chão do misterioso escritório para onde Shweaty o tinha levado, e aparentemente tinha sido Connor a pô-la lá. A memória de se esconder debaixo da secretária de Cassandra para que os seguranças do complexo não o encontrassem causou a Connor um arrepio na espinha. E trouxe consigo uma recordação que Connor preferia esquecer: o cadáver de James Shweaty no chão com uma expressão de terror estampada na cara. Ainda não tinha a certeza de ter sido ele a matar Shweaty, mas todas as provas indicavam que sim. Talvez agora conseguisse algumas respostas.

Cassandra parecia diferente sem a sua bata de laboratório. Estava a usar uma saia cinzenta que lhe ficava pelos joelhos e uma blusa de manga curta azul-clara que condizia com os seus olhos. Tinha o cabelo castanho-escuro apanhado numpequeno rabo-de-cavalo. Quando viu Connor parou repentinamente. Connor apertou o punho da sua arma no bolso do casaco e aproximou-se dela antes que Cassandra pudesse fazer ou dizer alguma coisa.

- Que bom vê-la novamente, Dra. Green – disse Connor num falso tom alegre, e agarrou-lhe o braço. Depois mais baixo, para que apenas Cassandra conseguisse ouvir, murmurou – Não tente fugir, nem gritar, Dra. Tenho uma arma no bolso e vou usá-la se precisar.

Connor esperava ter soado suficientemente ameaçador. Na verdade, não tinha bem a certeza se seria capaz de disparar contra alguém, mas Cassandra não precisava de saber isso. A ameaça pareceu resultar, pois Cassandra não se moveu do local onde estava, nem se tentou libertar de Connor.

- Também fico feliz por revê-lo, Sr. Bishop – disse, imitando o tom de Connor. Em surdina e num tom mais frio, questionou Connor – Que vai fazer comigo, Bishop? Matar-me como matou o James?

Connor tentou ignorar a bílis que lhe subira à boca ao ouvir Cassandra confirmar algo de que já suspeitava. Tinha sido ele a matar James Shweaty. Não largando o braço de Cassandra, Connor respirou fundo e prosseguiu. Teria tempo para se recriminar sobre as mortes que tinha causado mais tarde. Provavelmente.

- Só se não cooperar – respondeu Connor, tentando novamente soar ameaçador. – Só quero respostas. Só quero saber como entrar em contacto com os seus chefes, quem quer que eles sejam, para que desfaçam a programação esquisita que me fizeram.

- Bem, parece que a sua conversinha com a Emma foi bastante produtiva – disse Cassandra num tom divertido e exibindo um sorriso trocista. – Pena que as coisas tenham acabado como acabaram, não acha?

Connor semicerrou os olhos e apertou ainda mais o braço de Cassandra, fazendo-a soltar um pequeno gemido de dor.

- Acho que devíamos continuar esta “conversinha” num sítio mais sossegado, não acha Doutora? – perguntou Connor com um sorriso maldoso. – Venha comigo até lá fora e ninguém se magoa.

- E se não for, Bishop? Vai dar-me um tiro aqui? No meio de uma loja de conveniência? Não me parece que seja capaz.

Connor aproximou-se tanto de Cassandra que os seus narizes quase se tocavam. O seu sorriso maldoso cresceu ainda mais. E numa voz que quase não reconhecia, disse:

- Doutora, neste momento estou a ser perseguido não só pela polícia, mas também por duas companhias que aparentemente se especializam em criar assassinos. Para além do seu caro colega Shweaty, já matei mais quatro pessoas. Acha mesmo que não seria capaz de lhe fazer o mesmo a si? – Afastou-se um pouco e lançou a Cassandra um sorriso mais amigável, embora a ameaça ainda estivesse presente no seu olhar. – Então, vamos?

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Roth fitou Connor, curioso, perguntando-lhe com os olhos se iria atender. Connor fez a si próprio a mesma pergunta. Seria suspeito atender uma chamada que, para todos os efeitos, não era para si? Desconfiava fortemente de que, do outro lado da linha, não seria a namorada de Scrow a responder, mas pouco mais sabia.

O toque de telemóvel abafava a música de elevador há alguns segundos, quando Roth suspirou fortemente e perguntou a Bishop.

- Quer que atenda e diga à rapariga para esquecer este número, Senhor B.?

- Não penso estragar a relação do seu amigo com a namorada... Peço-lhe que ignore – respondeu rapidamente Bishop. A última coisa que queria era que parassem de ligar. Era o seu trunfo na manga. Se jogasse bem as cartas podia manter-se sempre uma jogada à frente.

- Ele tem mais com que se preocupar agora, Senhor Bishop. E não quer que isso o esteja sempre a incomodar... – insistiu Roth.

- Não incomoda respondeu Bishop, calmamente. Roth resignou-se.

O telemóvel parou, finalmente de tocar. Connor observava o indicador do andar a decrescer, impaciente para sair. Tinham ligado duas vezes num curto espaço de tempo, por certo haveria uma terceira, e queria estar bem longe de Roth quando chegasse a hora.

O elevador parou na garagem e Roth indicou a Connor para sair.

- O patrão achou que se movimentaria melhor em algo com rodas. – Ao dizer isto, Roth tirou umas chaves do bolso e premiu o botão para abrir o carro. Um dos automóveis acendeu as luzes, no meio da garagem escura. Continuou a falar, ainda dentro do elevador – Parece que é aqui que nos despedimos... – e atirou as chaves a Connor. O elevador fechou as portas, levando Roth consigo e deixando Connor sozinho com os seus pensamentos... e um carro novo. Este aproximou-se do automóvel que havia acendido as luzes, um Ford Taurus cinzento. "Bom para passar despercebido", pensou.

Bishop entrou no veículo, fechou as portas e respirou fundo. Encostou a cabeça para trás e fechou os olhos. Ficou assim um minuto... três minutos... cinco minutos... até que o telemóvel voltou a tocar.

Engoliu em seco e atendeu sem abrir os olhos. Antes que pudesse dizer o que quer que fosse, uma voz feminina cuspiu do outro lado:

«Bebidas frescas, loja de conveniência, dois quarteirões a norte.»

E desligou. Connor sentiu-se estonteado, sem ter bem a certeza do que se havia passado. Bebidas frescas? Seria Scrow algum tipo de moço de recados? Seria, isso, motivo para se ligar com tanta insistência? Não, era óbvio que se passava algo mais... e só havia uma maneira de descobrir. Rodou a chave e iniciou a viagem para o seu destino.

Na rua encontrava-se o ocasional carro patrulha a circundar a área. A cidade estava toda em alerta, mas pouco tempo depois se encontrava à porta da única loja de conveniência num raio de dois quarteirões da casa de Harkness. Entrou e agarrou calmamente em alguns itens ao acaso, enquanto se dirigia para a secção de bebidas frescas. Para todos os efeitos, era um simples cidadão a comprar alguns essenciais para a casa. Antes de se aproximar das bebidas, hesitou e olhou em volta. A loja estava praticamente vazia, se não se contasse com as moscas. Avançou e fingiu estar a escolher entre as cinco variedades diferentes de cerveja. Passado pouco tempo apercebeu-se de uma nova presença na loja, percorrendo os pequenos corredores. Uma mulher, pelo som característico do salto alto a bater no chão. Connor virou subtilmente a cara em direcção à fonte dos sons, que parecia aproximar-se cada vez mais, até que finalmente estava dentro do seu campo de visão.

- Cassandra Green?... murmurou, incrédulo.

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12
Abr25

Confronto

por Fábio Cardoso

O pedido de Connor surpreendeu os outros três homens, especialmente Scrow que pareceu empalidecer. O seu olhar saltava entre Connor e Duncan, mas permaneceu em silêncio. A sala, onde até há momentos atrás se vivia um ambiente animado, tinha sido mergulhada num silêncio tenso.

- Então, Scrow? – perguntou Duncan, quebrando o silêncio. – Não ouviste o nosso convidado? Empresta-lhe o teu telemóvel. Assim, se ele precisar de mais alguma coisa, pode contactar-me.

Scrow engoliu em seco. – Não posso! – disse quase num sussurro sem olhar para Harkness. Duncan franziu o sobrolho, e pela expressão na cara de Roth, também ele parecia surpreendido com a resposta de Scrow. Connor começava a ficar nervoso, mas manteve o seu sorriso aberto. Se tudo corresse bem, Scrow ficaria sem modo de contactar as pessoas que o perseguiam e Connor ganharia uma linha directa para eles, que talvez pudesse usar a seu favor.

– Não podes? – estranhou Duncan. – Como assim não podes? – Scrow parecia cada vez mais desconfortável. Connor quase podia jurar que tinha visto uma gota de suor a escorrer-lhe pela face.

- Bem...é que…Sr. Harkness…eu…hum… – gaguejou Scrow. Duncan e Roth pareciam ainda mais confusos pela incoerência do seu companheiro. Connor adoptou uma expressão perplexa, mas por dentro sorria. “Vamos ver como é que te safas desta, espertalhão”, pensou, divertido.

- Scrow – disse Duncan num tom tão frio que causou arrepios na espinha de Connor, – faz o que te estou a mandar. A não ser, é claro, que tenhas uma razão para não cumprir uma ordem minha. E é bom que seja uma razão mesmo muito boa. – As suas últimas palavras foram ditas quase num sussurro. Claramente Duncan Harkness não estava habituado a que não cumprissem as suas ordens. Roth olhava ora para o seu chefe, ora para o seu parceiro, incerto sobre se deveria fazer alguma coisa.

- Podemos sempre arranjar outro telemóvel aqui para o Sr. Bishop, não é chefe? – sugeriu Roth, apaziguador. – Não precisa de ser… – Duncan silenciou-o instantaneamente com um olhar. Estes homens podiam ter parecido velhos amigos de escola há uns minutos, mas agora era fácil para Connor ver a cadeia de comando. Duncan Harkness era o chefe e ninguém o contrariava.

- Então, Scrow? O gato comeu-te a língua? – perguntou Harkness – É raro estares tanto tempo seguido calado. Tens uma boa razão ou não?

Scrow permaneceu em silêncio, com a cabeça baixa e o olhar fixo na mesa. Duncan suspirou.

- Não temos tempo para isto e o nosso convidado também não. Roth agarra-o! – ordenou Duncan, no mesmo tom frio que usara anteriormente. Roth hesitou, mas apenas momentaneamente. Connor nunca tinha visto alguém do tamanho de Roth mexer-se tão rápido. No momento seguinte, encontrava-se atrás de Scrow, prendendo-lhe os braços e evitando que este se levantasse. Scrow debatia-se em vão pois Roth era obviamente o mais forte dos dois. Duncan levantou-secalmamente e dirigiu-se para os seus dois subordinados. Fez um ligeiro aceno de cabeça a Roth e este afastou a cadeira de Scrow da mesa, virando-a de modo a ficar de frente para Duncan. Este aproximou-se lentamente até estar mesmo à frente do seu subordinado desobediente e limitou-se a olhar para ele. Scrow ergueu a cabeça lançando a Duncan um olhar desafiador. Connor, que observava a cena do seu lugar no outro lado da mesa, só pensava que naquele momento Duncan Harkness parecia exactamente o senhor do crime que tinha sido acusado de ser.

- Última hipótese, Scrow – disse friamente. – Tens uma boa razão para desobedecer a uma ordem directa minha? –Scrow lançou um olhar rápido a Connor, mas não respondeu. – É realmente uma pena. – E dito isto, Duncan deu-lhe uma chapada com as costas da mão. – Tens mesmo a certeza de que não queres dizer nada, meu caro Scrow?

- Não posso! – atirou Scrow num tom quase histérico. – Não posso, Sr. Hark… – Duncan interrompeu Scrow com um forte gancho de direita, deixando-o

- É realmente uma pena, meu caro Scrow – disse Duncan, abanando a cabeça. Enfiou a mão no bolso de Scrow e de lá retirou o telemóvel que tanta confusão tinha causado. Olhou-o durante um momento e voltou a abanar a cabeça. –Podes largá-lo, Roth, ele não vai a lado – E sem dar um segundo olhar a Scrow, Duncan dirigiu-se a Connor, que continuava parado em frente à mesa.

- Aqui tem, Sr. Bishop – disse sorrindo e estendendo a mão para lhe dar o telemóvel, – e lamento que tenha tido de assistir a este triste espectáculo.Os meus homens normalmente não têm problemas em seguir as minhas ordens.

- Lamento, Senhor Harkness, não lhe queria causar transtorno – desculpou- se Connor aceitando o telemóvel. – Como tinha dito antes, chegou a hora de seguir o meu caminho.

- Não se preocupe – replicou Duncan sorrindo, como se não tivesse acabado de deixar inconsciente um dos seus homens. – E se precisar de mais alguma coisa, não hesite em telefonar-me.

- Obrigado por tudo – disse estendendo a mão para Duncan que a aceitou e a apertou.

- Sempre às ordens. O Roth acompanha-o lá abaixo. Boa sorte, Sr. Bishop, e até à próxima. – Connor acenou com a cabeça sorrindo e saiu da sala seguido de perto por Roth. Connor mal conseguia acreditar que a sua jogada arriscada tinha resultado. Sabia que devia sentir remorsos pelo que fizera a Scrow, mas era difícil ter pena de um homem que trabalhava para pessoas que queriam vê-lo morto. As coisas pareciam estar a correr melhor. Connor e Roth chegaram à porta do elevador por onde tinham entrado e Roth carregou no botão. A porta abriu-se quase imediatamente e Roth Connor estava prestes a fazer o mesmo quando um som o fez parar repentinamente. Um som que ouvira muito recentemente. O tema musical dos “Looney Tunes”. E desta vez vinha do seu bolso…

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